quarta-feira, 1 de julho de 2020

"A Metamorfose" o clássico e enigmático livro de Kranz Kafka

Antes de falar sobre essa clássica obra, creio que seja relevante situar sobre o autor. Falando nisso..

Você já ouviu falar sobre Kranz Kafk?
 
 
Sobre o autor

Franz Kafka (1883-1924), foi um escritor tcheco de língua alemã. Depois de sua morte foi reconhecido como um dos escritores, mais influentes do século XX.
 
Nos livros de sua autoria, é constante o confronto entre os personagens e o poder das instituições, demonstrando a impotência e a fragilidade do ser humano.

Em 1902, conheceu Max Brod, também escritor, que se tornou seu melhor amigo e posteriormente seu testamentário literário, ficando com todos os direitos autorais dos livros de Kafka depois de sua morte.

Kafka morreu em 1924, num sanatório próximo a Viena, por decorrência da inanição (sua doença fazia com que comer fosse muito doloroso).

Max Brod, teria sido instruído pelo próprio escritor a destruir todos os seus manuscritos não publicados e evitar que os já divulgados ganhassem uma nova edição. Mas como sabemos, Brod não acatou seu pedido, publicando suas obras e as salvando-as do esquecimento.

Sobre o livro
 
 

“Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso”


Publicado pela primeira vez em 1915, “A metamorfose”, escrito por Franz Kafka, diferente da estrutura narrativa dos tradicionais livros, inicia sua história já pelo seu clímax, provocando a curiosidade do leitor, ao fazê-lo se questionar, “Por que ele virou um inseto? Que inseto? E agora?” (pelo menos foi o que eu me perguntei logo na primeira página).

Basicamente o enredo do livro conta a história de Gregor Samsa, uma caixeiro-viajante, que  um dia, acorda atrasado para pegar o trem e se vê, metamorfoseado em um enorme inseto. A partir de então, o livro narra os desdobramentos que essa transformação provocou na vida de Gregor e de sua família.

De início, ironicamente, Gregor se mostra mais preocupado por estar atrasado para o trabalho do que por sua repentina e inesplicável transformação física. Devido a uma dívida da família e por ser o único que trabalhava, ele se sentia responsável pelo sustento dos pais e da irmã mais nova.

O fato de nunca faltar ao trabalho fez com que o seu próprio gerente fosse a sua casa em busca de esclarecimentos para a ausência do jovem. A porta de seu quarto estava trancada e após muita insistência Gregor, a abre com dificuldade e consequentemente provoca um grande impacto a todos com a sua nova aparência.

O gerente assustado, foge e seus pais impactados, ficam sem reação e passam a evitá-lo, sua irmã mais nova, é a única, que inicialmente, se compadece e passa a limpar o quarto de Gregor e alimentá-lo.

No decorrer da história, Kafka narra, pela perspectiva de Gregor, as angústias que ele sentia ao ver sua vida restrita a um quarto e sem conseguir fazer nada por sua família.

Como alternativa de renda, a família acaba alugando um dos quartos da casa. Até que um dia, enquanto os inquilinos estavam na sala, Gregor aparece causando uma grande confusão. Os inquilinos ameaçaram a família de processo e vão embora rompendo o contrato de aluguel.

Somado a esse acontecimento, a família enfurecida, chega a conclusão de que precisam se livrar de Gregor, inclusive sua irmã já não o vê mais com a mesma compaixão do início e concorda com a ideia.

Diante disso, é possível analisar que no decorrer de todo o enredo, a medida que o tempo passa, Gregor vai perdendo sua “humanidade” a maneira como se locomove, como se alimenta até mesmo sua família deixa de vê-lo como um filho mas como um animal.

Kafka mostra três períodos da relação da família perante Gregor. No primeiro, ela sente medo dele; no segundo aceita-o, mas esconde-o do mundo; já no terceiro, ela o odeia, o vê como um peso desnecessário a ponto de querer livrar-se dele.

Concluindo

Obviamente “A Metamorfose” é um livro que foge do padrão e confesso que achei uma leitura levemente incômoda mas ao mesmo tempo instigante.

O livro deixa muitas perguntas sem resposta e diante disso, consequentemente, o livro iludirá aos leitores que esperam por um desfecho de "final feliz".  Entretanto, creio que o livro é capaz de incitar a curiosidade do leitor, possibilitando interpretações pessoais, o que considero algo válido e interessante.

Sendo assim, não discordo de sua titulação como um livro clássico, que sobreviveu ao tempo e ainda provoca, até hoje, sensações aos leitores contemporâneos.

Este foi meu primeiro clássico de Kafka. Dizem que seus enigmáticos livros o fazem ama-los ou adiá-los (sabe a expressão 8 ou 80?) mas ainda não me sinto preparada para me posicionar e admito que, de certo modo, fiquei curiosa para ler outros livros do referido ator e assim, ter uma opinião mais consolidada sobre seus escritos.

E você, topa o desafio de entrar para o clubinho exclusivo dos leitores de Franz Kafka?



Então é isso, 

Até, quem sabe, uma próxima publicação.

Atenciosamente

Ailyn

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