sexta-feira, 10 de abril de 2020

3 lições do filme: O Discurso do Rei

(Desde já, aviso-lhes amigavelmente, que a resenha abaixo contém “leves” spoilers).


Sobre o filme “O Discurso do Rei”

O filme britânico “O discurso do Rei”, dirigido por Tom Hooper e baseado em fatos reais, conta a trajetória de Albert Frederick Arthur George, intimamente conhecido como Bernie, desde quando ele era um Duque de York até sua ascensão ao trono como Rei George VI. O Duque enfrentava alguns constrangimentos diante de manifestações verbais públicas, devido a sua acentuada gagueira que o acompanhava desde a infância.

Pressionado pelo pai e por membros da corte, Bernie procurou insistentemente por vários especialistas, mas desanimado com resultados ineficazes, acaba desistindo. Seu "destino" começa a mudar quando sua esposa, Elizabeth, (interpretada por Helena Bonham Carter) o apresenta ao, aparentemente, fonoaudiólogo Lionel Logue (Geoffrey Rush).


De início, o ainda, Duque, resiste aos métodos, nada convencionais, utilizados por Lionel, mas a medida que ele começa a perceber os resultados, acaba aceitando ao “tratamento”. Durante as consultas, Logue busca encontrar a origem de sua gagueira e acaba, como “um psicólogo”, abordando assuntos pessoais e da infância de Bernie, descobrindo, assim, alguns traumas do passado, tais como: a babá que o beliscava e o deixava sem comer por horas, por ser obrigado a usar a mão direita mesmo sendo canhoto, pelas constantes correções de postura e pela morte de um dos irmãos.

No ano de 1936 seu pai, Jorge V, morre e seu irmão mais velho, Edward VIII assume o trono. Entretanto o parlamento conservador não aprovava algumas de suas atitudes como rei, uma delas era seu provável casamento com uma americana que já havia se divorciado duas vezes. Então, Edward escolhe se casar com sua noiva, Wallis e renuncia sua posição real. Sendo assim, Barnie como o próximo sucessor, é coroado: Rei George VI.

Em 1939, é declarada guerra contra a Alemanha, liderada por Hitler, e agora como rei, George VI deveria discursar a toda nação. Novamente ele pede o apoio ao Lionel Logue, que fez questão de acompanha-lo em todos os seus discursos durante a Segunda Guerra.


Algumas lições do filme

Considero que o filme tem um bom roteiro além de trazer, talvez, lições pessoais para quem o assisti, portanto não me surpreende que este bem elaborado drama tenha conquistado 4 Oscars (melhor filme, melhor roteiro original, melhor diretor, melhor ator para Colin Firth). Acredito que uma das principais lições do filme é a história de superação e perseverança de Bernie pelo fato de não deixar que sua gagueira o limitasse de se tornar um Rei. Primeiramente ele reconheceu sua dificuldade, buscou ajuda, se dedicou e então enfrentou seu medo, timidez e insegurança da oratória, vencendo o maior de seus desafios, discursando para milhões de pessoas, como um dos líderes mais importantes do país.

Lição 1 É importante conhecer nossas limitações e tentar a partir disso, fazer o possível para superá-las.

Lição 2 Enfrentar constantemente nossos medos e inseguranças pois assim será possível adquirir resiliência e atingir nossos objetivos.

A segunda lição, é sobre Lionel Logue, ele foi julgado por ser “apenas” um ator, sem possuir títulos nem credenciais isso não deixou que ele se sentisse inferior ou incapacitado. Lionel Logue sabia que tinha o talento de ajudar as pessoas com a fala e não deixou que a ausência de títulos o impedissem de ajudar ao rei. E claramente Lionel teve sucesso em sua tarefa de ensinar Albert a expressar-se com clareza, possibilitando, inclusive que o então rei conseguisse discursar diante de uma nação.

Lição 3 Reconheça suas qualidades e não deixe que ninguém diga que você não é capaz. 

Curiosidade

Albert Frederick Arthur George, retratado no filme, foi o pai da atual rainha da Inglaterra, Elizabeth II.

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FICHA TÉCNICA DO FILME
Título no Brasil:
O Discurso do Rei
Título original:
The King’s Speech
País de origem:
Reino Unido
Idioma:
Inglês
Gênero:
Drama|Ficção Histórica
Classificação:
12 anos
Tempo de duração:
118 min.
Ano:
2010
Direção:
Tom Hooper 

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Então é isso..

Até (quem sabe) uma próxima publicação..


Atenciosamente

Ailyn

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